STU PRO TOUR - Chuva não perdoa, paralisa duas semifinais e programação é adiada

 📷 Luigi Cini / Crédito:Julio Detefon / STU
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STU Pro Tour Rio de Janeiro - Competições do masculino não puderam ser encerradas e organização foi obrigada a adiar tudo para domingo, dia que seria só das finais

As semifinais do Street e do Park masculino do STU PRO TOUR RIO DE JANEIRO eram disputadas simultaneamente neste sábado (19/10), na Praça Duó. Faltava apenas uma última bateria em ambas as pistas para que fossem conhecidos todos os finalistas. Mas o que a meteorologia já mostrava durante a semana e assustava toda família skate se confirmou: a chuva deu o ar da graça e chegou para ficar, o que fez a organização suspender o restante do dia de competição e empurrar toda programação para este domingo.

Assim, apenas quatro dos seis finalistas de cada modalidade foram definidos. No Park, três brasileiros e um japonês já se garantiram: Kalani Konig e Pedro Barros na primeira bateria, e Luigi Cini e Yuro Nagahara na segunda. Mas a maior nota até ali, único a passar da casa dos 90 pontos, foi do curitibano Luigi, um dos representantes do Brasil nos Jogos de Paris-2024, chegando à final e terminando em sétimo lugar. Para disputar sua primeira Olimpíada, porém, sofreu para se recuperar de uma lesão no joelho.

"Fiquei muito tempo lesionado e parado, no final de 2023 e em boa parte desse ano. Então, estar aqui depois de uma lesão que mexeu muito comigo é indescritível. Faz uns dois meses que estou com a cabeça boa e que posso dizer que estou 100% de volta, sem dor e insegurança no meu joelho. Quero aproveitar para deixar um abraço para o Alison e toda equipe que participou de toda minha recuperação e me acompanhou a cada dia. Coloquei muita energia nesse processo e é legal estar aqui e poder andar bem de novo", disse.

E andou muito bem mesmo. Luigi já tinha a maior de todas as notas das duas primeiras baterias, um 89,25 da primeira volta, desbancando até o bicampeão olímpico Keegan Palmer, que não se classificou para a final, e ainda conseguiu arrancar dos juízes a nota 90,88 na última descida na pista. Disputando seu primeiro STU em 2024, ele lembrou que ainda não tinha "experimentado" a competição neste novo formato, que, principalmente na final, faz o skatista tirar o que tem de melhor.

"É uma satisfação máxima conseguir encaixar o rolê e fazer boas voltas. Mas o foco nem eram as notas, e sim andar de skate. Ali dentro, nem olho minhas notas e a dos outros. O mais legal é que me senti bem em cima do shape e acertei as manobras que queria. Essa pista é muito boa, possibilita manobras modernas e mais técnicas, o que encaixa com minhas características. Estou bem entusiasmado para a final de amanhã, que tem essas duas sessões de 25 minutos, uma inovação bem bacana do STU. Temos a chance de dar cinco, seis, sete voltas, o que possibilita cada um a entregar o seu melhor", afirmou.

Já na semifinal do Street, os melhores da primeira bateria foram o fenômeno japonês Ginwoo Onodera, de apenas 14 anos, e o argentino Matias Dell Olio, campeão na Praça Duó no STU do ano passado. Na bateria 2, avançaram os brasileiros Filipe Mota e Ivan Monteiro, este atual líder do ranking brasileiro. A notícia ruim ficou por conta do próprio Ginwoo, que, inclusive, fez a maior nota do dia (88,07): na última volta, ele caiu e torceu o tornozelo esquerdo. Mais tarde, após exames, foi confirmada uma fratura simples no local, o que o deixa fora da final.


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