Lucas Moraes encerrou sua trajetória no Rally Dakar 2025 com uma vitória na 12ª e última especial, disputada nesta sexta-feira (17).
Campeão foi o saudita Yazeed Al Rajhi, em sua
11ª tentativa de conquistar a maratona mais difícil do mundo
Esta foi a segunda vitória do brasileiro na 47ª edição da prova e a terceira de sua ainda curta carreira no Dakar – ele tornou-se o primeiro piloto do país a conquistar uma especial da mais difícil maratona do mundo no ano passado. Ainda em 2025, Lucas chegou em segundo em outra especial perdendo a vitória por apenas 18 segundos.
Apesar da demonstração de velocidade, o piloto e o navegador espanhol Armand Monleón terminaram o evento na 14ª posição devido a uma quebra do Toyota GR DKR Hilux na sexta especial (equivalente ao sexto dia de corrida), fato que custou à dupla as chances de vitória ao final dos doze dias.
O vencedor da 47ª edição do Dakar na classificação geral foi o saudita Yazeed Al Rajhi, que competiu ao lado do navegador alemão Timo Gottschalk em um Toyota Hilux Overdrive. O duo e também Moraes/Monleón competem na categoria Ultimate, a principal da prova. Este foi o primeiro título de Yazeed no Dakar, no qual estreou em 2015. Na atual temporada, o saudita fez sua 11ª participação na maratona. Foi também a primeira vitória geral no Dakar de um piloto da Arábia Saudita, país que sedia a corrida em seus desertos desde 2020.
Regularidade – Durante as 12 especiais (ou 12 dias de corrida), Yazeed também conquistou o primeiro lugar em uma especial (a quarta), além de um segundo lugar (segunda). Sua regularidade e o menor índice de problemas, inclusive com o carro, lhe garantiram o título de campeão do Dakar 2025, que foi conquistado por apenas 3min57s minutos de vantagem sobre a dupla segunda colocada (os sul-africanos Henk Lategan e Brett Cummings), um índice minúsculo após 4.870km de percurso cronometrado.
Os demais representantes do Brasil na Ultimate foram Marcos Moraes e o navegador Maykel Justo (Toyota Overdrive), que estrearam na categoria terminando no 21º lugar após os doze dias de prova, além de Marcelo Gastaldi, que tem como navegador o francês Andrien Metge em um Century CR7, que ficaram no 15º lugar. Na categoria Challenger, o navegador Cadu Sachs conquistou o vice-campeonato ao lado do piloto português Gonçalo Guerreiro, a bordo de um Taurus T3 Max, mesmo protótipo usado pelos campeões, o casal argentino Nicolas Cavigliasso e Valentina Pertegarini. Cavigliasso já disputou o Dakar seis vezes.
Nas demais categorias, o australiano Daniel Sanders conquistou seu primeiro título nas motos, com uma KTM, depois de cinco participações. Entre os caminhões, o trio formado pelos checos Martin Macik (piloto), Frantisek Tomasek (navegador) e David Svanda (mecânico) levou seu MM Technology Powerstar ao bicampeonato – eles foram os vencedores no ano passado. Macik disputou seu 13º Dakar em 2025. Nos UTVs, categoria na qual o Brasil possui vários títulos, tanto com pilotos quanto com navegadores, o piloto estreante Brock Heger e o navegador Max Eddy (três participações) garantiram o título da dupla. Norte-americanos, eles competiram a bordo de um Polaris RZR Pro R Sport.
Rally Dakar 2025